Quase acreditei que não
era nada, ao me tratarem como nada. Quase acreditei que não seria capaz, quando
não me chamavam por acharem que eu não era capaz. Quase acreditei que não
sabia, quando não me perguntavam por acharem que eu não sabia. Quase acreditei
ser diferente, entre tantos iguais, entre tantos capazes e sabidos, entre
tantos que eram chamados e escolhidos. Quase acreditei estar de fora, quando me
deixavam de fora... que falta fazia? E de quase acreditar adoeci. Busquei ajuda
com doutores, mestres, magos e querubins. Procurei a cura em toda parte e ela
estava tão perto de mim. Me ensinaram a olhar para dentro de mim mesma e
perceber que sou exatamente como os iguais que me faziam diferente. E acreditei
profundamente em mim. E tenho como dívida com a vida fazer com que cada ser
humano se perceba, se ame, se admire de si mesmo, como verdadeira fonte de
riqueza. Foi assim que cresci: acreditando. Sou exatamente do tamanho de todo
ser humano. E por acreditar perdi o medo de dizer, de falar, participar e até
de cometer enganos. E se errar? Paciência, continuo vivendo por isso
aprendendo. E errar é humano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário